Vamos começar discutindo as casas de análise e como elas têm moldado o cenário dos investimentos ao longo do tempo.
É importante destacar que, em gerações mais antigas, a percepção
predominante sobre investimentos estava intrinsecamente ligada às grandes
instituições bancárias. Muitas pessoas confiavam nesses bancos para investir
sua poupança, muitas vezes limitando-se às opções oferecidas por eles.
No entanto, essa abordagem tinha suas limitações, pois os investidores
ficavam restritos às opções disponibilizadas pelo próprio banco. Como
mencionado anteriormente, isso podia criar conflitos de interesse, sugerindo
que as recomendações feitas pelas instituições talvez não fossem sempre as
mais adequadas para o investidor.
Com o tempo, essa dinâmica evoluiu, e surgiram as corretoras independentes,
como XP, BTG, Toro, Inter, Clear, Rico e Empiricus Investimentos. Essas
corretoras entraram no mercado oferecendo uma variedade de oportunidades
de investimento, funcionando quase como um marketplace, onde diferentes
gestoras de fundos e produtos de terceiros estavam disponíveis.
Embora tenha havido uma melhoria significativa na diversificação de
oportunidades, o problema fundamental de conflito de interesse não foi
completamente resolvido. Isso ocorre porque as corretoras atuam como
intermediários na venda de produtos de terceiros, assim como um
supermercado vende produtos de diversos fabricantes.
Para ilustrar esse ponto, considere a seguinte analogia: ao visitar uma loja de
roupas, o vendedor fará o possível para atender às suas necessidades, mas
raramente indicará que outra loja concorrente pode ter uma opção mais
adequada. Da mesma forma, nas corretoras, os investidores geralmente têm
acesso apenas aos produtos que a corretora está disposta a oferecer, limitando
suas opções.
A indústria 3.0 representa um avanço real nesse cenário, pois os investidores
valorizam a independência e desejam remunerar profissionais cujos interesses
estejam alinhados aos seus. Isso significa contar com alguém que recomende
investimentos com base no que é realmente melhor para o investidor, sem
depender de comissões vinculadas às vendas. Nesse contexto, as casas de
análise desempenham um papel importante. No entanto, não são apenas as
casas de análise que se encaixam nesse modelo. A consultoria financeira
também é uma evolução da indústria 3.0.
Como funciona uma casa de
Research
Basicamente, uma casa de análise se dedica à análise e recomendação de
investimentos. Normalmente, ela oferece uma variedade de produtos que
podem ser categorizados por objetivo ou classe de ativos. Por exemplo, é
comum encontrar assinaturas de renda fixa, ações, criptoativos e investimentos
internacionais, bem como assinaturas voltadas para objetivos específicos,
como a geração de renda ou estratégias de aposentadoria. Algumas casas de
análise também oferecem assinaturas premium que abrangem várias classes
de ativos em uma visão de carteira mais ampla.
Em relação ao modelo de assinatura, os clientes geralmente pagam por um
ano de acesso a um determinado tema ou relatório. Isso inclui atualizações
regulares e, muitas vezes, a possibilidade de tirar dúvidas com os analistas. É
importante notar que a comunicação das casas de análise é sempre em
massa, ou seja, as informações são compartilhadas com todos os assinantes
de forma igual. Isso é necessário para cumprir as regulamentações e evitar a
prestação de informações privadas a um único assinante, o que poderia ser
considerado consultoria financeira. Portanto, a comunicação é sempre pública
e acessível a todos os assinantes, garantindo a igualdade de acesso às
informações.
Além disso, vale destacar que as casas de research estão sujeitas à
regulamentação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que é a
autoridade reguladora do mercado brasileiro. No entanto, há ainda uma
regulamentação mais próxima, da APIMEC (Associação dos Analistas e
Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), que supervisiona e
regula a atividade dos analistas financeiros. Isso significa que, se um analista
emite uma recomendação sem fundamentação adequada, não fornece os
subsídios necessários para a tomada de decisão ou se alguém que não é
analista está usando redes sociais para recomendar investimentos, a APIMEC
está encarregada de fiscalizar e garantir que o mercado funcione
adequadamente.
Para que um profissional possa fazer recomendações de investimentos, é
preciso que ele seja detentor da certificação CNPI (Certificado Nacional do
Profissional de Investimentos), emitido pela APIMEC. Adicionalmente, a CVM
exige que 80% da equipe de análise possua essa certificação.
No entanto, é importante esclarecer que uma casa de análise não pode realizar
a adequação de perfil do investidor, ou seja, não pode determinar se você é um
investidor conservador, moderado ou agressivo. Essa função é desempenhada
por um consultor de investimentos. O que um analista pode fazer é criar
diferentes carteiras de investimento para atender a diferentes perfis de
investidores. Isso significa que a casa de análise pode oferecer carteiras
moderadas, arrojadas, conservadoras, etc., e os clientes podem escolher a que
melhor se adapta ao seu perfil de investimento.
Analista de Valores Mobiliários
Valores Mobiliários é o único profissional do mercado que pode
recomendar a compra e a venda de títulos e valores mobiliários de forma
aberta. Para tornar-se um analista de investimentos, você precisa da
certificação CNPI, além de ensino superior completo e estar devidamente
credenciado e registrado para exercício da profissão junto a APIMEC.
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Entre as atividades do analista, estão a realização de profundas análises dos
fatores que influenciam no desempenho dos ativos, a verificação do balanço
das empresas e do cenário econômico, além do acompanhamento constante
do mercado de capitais.
Os analistas de investimento podem ser:
Analistas Fundamentalistas: para isso terão de ser aprovados nas provas de
Conteúdo Brasileiro e Conteúdo Global, obtendo a certificação CNPI;
Analistas Técnicos (ou gráficos): para isso terão de ser aprovados nas
provas de Conteúdo Brasileiro e Conteúdo Técnico, obtendo a certificação
CNPI-T;
Analistas Plenos: Para isso terão de ser aprovados nas provas de Conteúdo
Brasileiro, Conteúdo Global e Conteúdo Técnico, obtendo a certificação CNPI P.
Por meio de seus relatórios, devidamente embasados e assinados como
analista CNPI, o profissional pode recomendar a compra ou a venda de algum
ativo para investidores no mercado em geral. Diversos profissionais fazem uso
diário de relatórios de analistas para tomar a decisão de comprar, vender ou
manter algum ativo em carteira.
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