Asset Management

Asset Management
Conceito
O termo “asset” é um termo do inglês que, no mercado financeiro, é usado
como a forma curta de se referir a um “asset manager” ou gestor de recursos
(no Brasil, normalmente, falamos gestora, em vez de gestor). Basicamente,
uma gestora de recursos é uma empresa autorizada pelos órgãos reguladores,
como a Anbima e a CVM, a gerenciar os investimentos de terceiros. Quando
um investidor aplica recursos em um fundo de investimento, na prática, ele
entrega o dinheiro para um gestor profissional, que tem a liberdade e a
autonomia para investir esse dinheiro de acordo com as regras estabelecidas
no regulamento e na política de investimentos do fundo.
Para entender melhor como um fundo de investimento funciona, imagine que
você queira investir na metodologia Arca (metodologia de investimentos do
Thiago Nigro). Você entrega seu dinheiro para a gestora Grão (que faz parte do
Grupo Primo), que, por sua vez, investe seguindo a metodologia Arca
prometida no fundo. Este é um conceito semelhante ao de um condomínio,
onde os condôminos contribuem com recursos e elegem um síndico para
administrar o condomínio.
No caso de um fundo de investimento, você se torna cotista (o “condômino) e
adquire uma parte do patrimônio líquido do fundo. O administrador (o
“síndico”) é responsável por todas as rotinas de administração do fundo, como,
por exemplo, cobrar a taxa de administração dos cotistas e calcular o valor das
cotas. Ele também é responsável pelos controles internos que vão garantir que
o fundo está operando de acordo com as leis e normas da CVM.
Quando você decide investir em uma asset ou gestora, a porta de entrada,
geralmente, é por meio do distribuidor, que pode ser uma corretora, por
exemplo. A corretora tem parcerias comerciais com várias assets e oferece em
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sua plataforma os fundos dessas instituições para que os invesidores apliquem
recursos neles.
Há ainda a figura do custodiante, instituição responsável pela custódia dos
ativos e pela comunicação com os órgãos reguladores. Essa estrutura garante
que seu dinheiro seja protegido e administrado de forma profissional e
independente.
Outro personagem importante da indústria de fundos é o auditor
independente, responsável por auditar o balanço do fundo e emitir um parecer
de avaliação. A figura do auditor é fundamental para garantir transparência à
indústria de fundos.
Embora esse processo possa parecer complexo, na prática, é fácil investir em
fundos por meio de plataformas digitais. É importante saber como funciona
esse fluxo para entender melhor como seu dinheiro é tratado ao investir em
uma asset. A maioria das assets no Brasil opera de maneira semelhante, com
fundos de investimento sendo o veículo de investimento predominante. A
principal diferença está em alguns fundos serem listados em bolsa e outros
não.
Por exemplo, os fundos imobiliários e os ETFs são listados. Esse processo
ocorre apenas uma vez, na emissão da cota. Para aplicar recursos nesses
fundos, o investidor compra cotas via home broker. Já os fundos
regulamentados pela ICVM 555 não são listados em bolsa. O investidor
também aplica recursos nele diretamente, mas faz isso pelo site da corretora,
em um processo muito semelhante ao de investir em um CDB.
Agora, vamos falar um pouco sobre como uma gestora ou uma asset gera
receita e quais são os custos para o investidor que deseja acessar esse
veículo. Existem várias taxas que um investidor precisa pagar quando aplica
recursos em um fundo, mas nem todas são receitas para o gestor.
Aqui estão as principais despesas que podem existir em um fundo: taxa de
administração, taxa de gestão, taxa de custódia, auditoria, taxa de
performance, possivelmente taxas de ingresso e saída, além de outras
despesas, como custos de cartório (que eram mais comuns no passado).
As taxas de administração e de gestão geralmente são agrupadas em uma
única taxa, conhecida no mercado simplesmente como taxa de
administração. Essa taxa é usada para remunerar a equipe da gestora e para
cobrir os custos operacionais do dia-a-dia dessas instituições. Além disso,
existe a taxa de custódia, que é paga ao custodiante responsável pela guarda
dos ativos do fundo. A taxa de auditoria é paga anualmente, quando o auditor
realiza a auditoria do fundo. É uma taxa calculada diariamente dentro do fundo
e não vai nem para o administrador, nem para o gestor, nem para o
custodiante.
Em seguida, temos a taxa de performance, que pode ou não existir em alguns
fundos. Quando existe, essa taxa é cobrada quando o fundo supera um índice
de referência e permite ao gestor receber um bônus com base no desempenho
acima do índice. O mecanismo de linha d’água é usado para garantir que o
gestor só ganhe dinheiro quando o valor da cota do fundo estiver acima do
valor da última cota na qual a taxa de performance foi paga. Isso evita que o
gestor ganhe dinheiro quando os investidores estão perdendo.
As taxas de ingresso e saída são taxas raramente usadas hoje em dia. Elas
eram comuns principalmente em produtos de previdência mais antigos. É
importante evitar fundos que cobrem essas taxas, pois elas podem impactar
negativamente na rentabilidade do investidor.
Tipos de fundos
Em uma gestora, existem diversos tipos de fundos de investimento, mas eles
podem ser divididos, principalmente, em dois tipos: os fundos de investimento
direto, ou seja, aqueles cuja maior parte da carteira é formada por ativos
comprados a mercado; e os Fundos de Investimento em Cotas (FIC), cuja
carteira deve ter, no mínimo, 95% do PL alocado em cotas de outros fundos de
investimento.
Além disso, quanto à gestão, os fundos podem ser ativos, nos quais o gestor
ativamente escolhe quais ativos comprar. Neste caso, a estratégia é superar
algum índice de referência. Os fundos de ações ativos, por exemplo, podem
ter como objetivo superar o Ibovespa. Fundos ativos de renda fixa podem ter
como alvo bater o CDI. Há ainda os fundos passivos, cuja carteira
simplesmente replica a composição de algum índice. Um exemplo de fundo
passivo é o ETF, fundo com cotas negociadas em bolsa cuja carteira replica a
de um índice. O ETF de Ibovespa, por exemplo, terá em sua carteira as
mesmas ações que compõem o Ibovespa, na exata proporção que elas têm no
índice.
Os fundos de investimento direto e os FIC são os mais comuns e são
regulamentados pela Instrução CVM 555 – vale destacar que o regulador está
preparando uma nova regra para os fundos, logo, a ICVM 555 deve ficar
obsoleta em breve.
No universo de gestão de recursos, existem algumas classes de fundos que
variam conforme o tipo de ativo que podem ter em carteira e a estratégia que
devem seguir:
• Fundos de renda fixa: são aqueles que devem ter no mínimo 80% do
patrimônio líquido (PL) alocado em ativos de renda fixa. Eles são
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divididos entre fundos de curto prazo (o prazo máximo de vencimento
dos títulos da carteira é de 375 dias; e, na média, o prazo da carteira
deve ser inferior a 60 dias) e longo prazo (o prazo máximo de
vencimento dos títulos da carteira é acima de 375 dias; e o prazo médio
da carteira, acima de 60 dias). Todos os fundos renda fixa são tributados
pelo come-cotas, cuja alíquota incide sempre no último dia útil de maio e
de novembro.
• Fundos de ações: devem ter no mínimo 67% do PL alocado em ações
ou ativos equiparáveis (BDRs, bônus de subscrição e derivativos cujo
ativo subjacente seja uma ação ou um índice de ações). Eles são
tributados com alíquota de 15% sobre o ganho de capital no resgate.
Não há incidência de come-cotas.
• Fundos multimercados: são fundos que não têm compromisso de
alocação em alguma classe específica de ativos, podendo ter na carteira
ações, ativos de renda fixa, cotas de outros fundos, sem proporção
definida. A alocação dependerá da estratégia do gestor. Eles são
tributados pelo come-cotas semestral.
O processo de
investimento
Veremos agora o processo de investimento nos principais tipos de gestoras de
recursos. Começaremos abordando os fundos de ações. Hoje, há
principalmente dois tipos de estratégias comuns no mercado financeiro
brasileiro: a top-down (de cima para baixo) e a bottom-up (de baixo para
cima).
O termo top-down, intuitivamente, pode sugerir que um gestor simplesmente
dita as diretrizes de investimento, e todos as seguem, de cima para baixo. No
entanto, no contexto de investimentos em fundos de ações, a abordagem topdown implica que o cenário macroeconômico orientará a alocação de
recursos do fundo. Isso significa que alguns gestores de fundos de ações
tomam suas decisões de alocação com base principalmente nas condições
macroeconômicas e, a partir disso, selecionam as empresas nas quais
investirão.
Essa abordagem segue um processo específico, conforme detalhado a seguir.
Inicialmente, é realizada uma análise das perspectivas para os juros, inflação
no Brasil e seu impacto no mercado de ações. Com essas informações, é
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possível identificar as empresas que podem se beneficiar das condições
macroeconômicas atuais e são consideradas vencedoras nesse contexto.
Em posse desses dados, o gestor inicia uma análise mais aprofundada das
empresas, avaliando sua qualidade e saúde financeira. Isso ajuda a determinar
se essas empresas estão preparadas para prosperar no cenário
macroeconômico previamente definido. Com base nisso, o gestor decide como,
quanto, quando e a que preço investir nessas empresas.
Por fim, as empresas selecionadas são monitoradas em relação aos riscos.
Cada gestora possui seu próprio processo de monitoramento de risco, mas, no
caso dos fundos de ações, a ênfase costuma estar mais na concentração do
setor do que em outros tipos de riscos, como o Value at Risk (VAR),
alavancagem ou volatilidade do fundo.
Uma segunda estratégia, inclusive muito mais comum nos fundos de ações, é a
bottom-up. Ela é o oposto da top-down, ou seja, parte do micro para o macro.
Os gestores que adotam essa abordagem têm como ponto de partida a análise
individual das empresas, independente das variáveis macroeconômicas.
Embora o cenário macroeconômico possa afetar o valuation de uma empresa –
levando-se em conta variáveis como taxa de juros, câmbio e inflação –, nesse
método, o que vai determinar o investimento ou não em uma companhia são
seus bons fundamentos, que podem compensar as variáveis
macroeconômicas.
A abordagem bottom-up geralmente começa com um filtro qualitativo, em que
algumas empresas são excluídas com base em critérios específicos. Por
exemplo, algumas gestoras podem optar por não investir em empresas do
setor aéreo, varejo ou tabaco. Além disso, podem definir um limite mínimo de
capitalização de mercado, como não investir em empresas com valor de
mercado inferior a R$ 10 bilhões.
Após aplicar esses filtros, o gestor obtém um grupo de empresas que são
passíveis de monitoramento. Em seguida, ele realiza uma análise mais
profunda de cada uma delas para identificar as melhores oportunidades de
investimento, buscando empresas de qualidade que ainda estejam sendo
negociadas a preços atrativos. O desafio aqui é encontrar essas pérolas
escondidas no mercado, boas empresas que ainda não foram amplamente
descobertas pelos investidores.
Após realizar o investimento, seja na abordagem top-down ou bottom-up, os
gestores entram em um processo contínuo de monitoramento. Eles
acompanham de perto o desempenho das empresas em suas carteiras,
avaliando se as metas de valorização foram alcançadas. Se uma ação já
atingiu seu potencial de valorização, o gestor pode optar por vendê-la. Por
outro lado, se uma empresa continua apresentando bom desempenho e sua
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valorização ainda é promissora, o gestor pode decidir manter ou aumentar sua
posição.
Essa análise e tomada de decisão contínuas são fundamentais para o sucesso
da gestão de recursos, independentemente da estratégia adotada, e permitem
que os gestores aproveitem ao máximo as oportunidades de mercado.
No caso dos fundos multimercados, a estratégia predominante é a topdown. Esses fundos buscam identificar em qual classe de ativos há maior
potencial de retorno e lucro, portanto, precisam considerar constantemente um
cenário macroeconômico.
O processo envolve a avaliação de quando é o momento certo para investir em
determinada classe de ativos. Por exemplo, o gestor pode decidir comprar
moeda estrangeira, mas precisa escolher qual moeda e contra qual moeda
estrangeira. Da mesma forma, pode decidir investir em juros ou inflação. Em
muitos casos, o gestor combina várias estratégias simultaneamente, o que
torna o controle de risco mais complexo, pois é necessário monitorar a
interação entre essas estratégias e as correlações entre diferentes classes de
ativos.
Uma correlação comum no mercado financeiro é que, quando a bolsa de
valores brasileira sobe, o real se valoriza em relação ao dólar. Isso acontece
porque a entrada de recursos na economia para comprar ações impulsiona a
valorização da moeda local. No entanto, essa relação nem sempre se mantém
e, em alguns períodos, a bolsa pode subir enquanto o real se desvaloriza em
relação ao dólar. O gestor de fundos multimercados precisa estar atento a
essas mudanças nas correlações e garantir que a exposição ao risco esteja
alinhada com suas estratégias.
O controle de risco desempenha um papel fundamental nesse tipo de fundo,
pois é crucial evitar situações em que as estratégias adotadas possam piorar a
situação do investimento em vez de protegê-lo. Monitorar as correlações e
exposições a fatores de risco é essencial para proteger o capital dos
investidores.
Um tipo de fundo que prioriza a estratégia bottom-up é o de crédito privado,
com foco em títulos de dívida corporativa. Nesse caso, os gestores analisam
individualmente as empresas emissoras de dívida. Eles avaliam a saúde
financeira das empresas, sua capacidade de pagamento, o fluxo de caixa
estimado e o valor de mercado dos títulos de dívida em relação ao que
consideram uma oportunidade atraente.
Essa estratégia envolve encontrar emissões de títulos que ofereçam retornos
atraentes em relação ao risco percebido. Os gestores buscam oportunidades
em que os títulos de dívida estejam subvalorizados em relação às perspectivas
de pagamento e crescimento da empresa emissora. Essa análise envolve a
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busca por oportunidades de emissão que paguem retornos superiores aos
padrões de mercado.
É importante observar que o mercado de crédito privado é complexo e muitas
vezes envolve uma assimetria de informações, o que pode torná-lo inacessível
e ineficiente para investidores individuais. Portanto, a gestão de fundos de
crédito privado é geralmente realizada por profissionais experientes e é menos
apropriada para investidores de varejo que não têm acesso às mesmas
informações e execução de operações que os gestores de fundos profissionais.
Áreas de atuação dentro
da gestora
Tendo entendido os principais tipos de fundos e estratégias, veremos agora as
principais áreas de atuação dentro de uma gestora de investimentos. A
primeira delas é o “back-office”. Essa área é a parte operacional da gestora e
costuma ser a porta de entrada para qualquer pessoa que deseja iniciar uma
carreira em uma gestora de investimentos.
O back-office lida com o trabalho mais prático e operacional da empresa. Os
profissionais dessa área frequentemente trabalham longas horas, sendo os
primeiros a chegar e os últimos a sair. Eles desempenham um papel crucial na
gestora, cuidando do fluxo de operações entre o gestor e o administrador,
liberando as cotas dos fundos de investimento para que os investidores saibam
o quanto eles renderam.
Além disso, o back-office é responsável por processar todas as informações
relacionadas aos fundos de investimento, manter os sites e materiais
atualizados e desempenhar uma série de tarefas operacionais.
Embora seja um trabalho desafiador e que demanda muitas horas de
dedicação, é uma área que oferece um aprendizado valioso. Trabalhando no
back-office, você tem acesso a todas as posições dos fundos, às estratégias de
investimento e ao monitoramento das atividades relacionadas ao administrador.
É uma excelente escola para quem está começando, mas é importante estar
preparado para uma jornada de trabalho intensa.
Avançando na estrutura da asset, há uma área chamada “middle office” –
vale lembrar que nem todas as gestoras possuem essa área, e algumas a
consideram como parte do back-office. O middle-office atua como uma ponte
entre um analista e a equipe operacional do back-office. Sua função principal é
fornecer informações ao back-office, comunicar-se com órgãos regulatórios e
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administradores e facilitar a conexão com o gestor. É como se você estivesse
perto de se tornar um analista, mas ainda tivesse um caminho a percorrer.
Muitas pessoas que ingressam em uma gestora de investimentos seguem uma
trajetória semelhante, começando no back-office, passando pelo middle-office,
tornando-se analistas e, eventualmente, gestores ou gestores de risco.
A posição de analista é uma das mais interessantes dentro de uma gestora.
Como o nome sugere, os analistas são responsáveis por avaliar empresas em
profundidade. Normalmente, um analista é designado para um setor específico,
como varejo, e concentra sua expertise nesse setor. Eles estudam
minuciosamente cada empresa de sua carteira, comparando e avaliando-as em
detalhes. Eles conhecem todas as nuances do setor e podem determinar qual
empresa é a melhor escolha em comparação com outras, baseando-se em
uma análise aprofundada. No entanto, é importante notar que, embora os
analistas tenham um conhecimento excepcional de suas empresas, eles ainda
não têm autonomia para comprar ou vender ações dentro do fundo, essa
decisão cabe ao gestor.
O gestor é a figura mais importante em uma asset. Ele tem a autoridade final
para tomar decisões sobre a compra e venda de ativos no fundo. No dia a dia,
geralmente há reuniões pela manhã, cerca de uma hora antes da abertura do
mercado, onde são revisados os eventos que ocorreram no dia anterior e
durante a noite. Nesse momento, o gestor toma decisões estratégicas, como
aumentar a posição em uma empresa específica e reduzir a exposição em
outra. As teses são apresentadas e defendidas pelos analistas, que
compartilham suas recomendações. O gestor ou gestores, em algumas
gestoras há mais de um, decidem onde e quando alocar o dinheiro do fundo,
com base nessas recomendações. É um processo de tomada de decisão
fundamental para o desempenho do fundo.
Os gestores de fundos não têm um horário de trabalho definido, pois estão
praticamente em serviço 24 horas por dia, 7 dias por semana. Mesmo quando
estão dormindo, eventos globais podem ocorrer e impactar os ativos em que
investem. Portanto, é uma profissão que exige estar constantemente atualizado
e alerta.
Ao acordar, a primeira coisa que muitos gestores fazem é pegar seus celulares
e ler notícias financeiras e eventos econômicos que ocorreram durante a noite
ou nas primeiras horas do dia. Cada gestor tem sua fonte de informações
favorita, mas o objetivo é ficar totalmente informado sobre o que está
acontecendo no mercado antes mesmo de sair da cama.
Com base nessas informações, eles decidem como vão prosseguir com o dia.
Pode ser que sigam com suas rotinas normais, como fazer exercícios ou tomar
café da manhã, ou que, em situações críticas, tenham que correr para o
escritório imediatamente para tomar ações em resposta a eventos significativos
que afetam seus investimentos.
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Há ainda a área de gestão de risco. Não devemos confundir o “risco” no nome
dessa área com o risco que os investidores enfrentam. A área de gestão de
riscos é responsável por gerenciar os riscos relacionados aos fundos de
investimento. Se fizermos uma analogia com o futebol, as outras áreas da
gestora compõem o ataque e o meio-campo. Já a área de risco é como a
defesa, ou seja, o “zagueiro”.
O gestor de risco tem a função de monitorar tudo o que está acontecendo nos
fundos de investimento e garantir que eles estejam em conformidade com os
regulamentos estabelecidos. Em algumas situações, o gestor de risco pode até
zerar um fundo de investimento, o que significa vender todas as posições do
fundo, se isso for necessário para cumprir as regras do regulamento.
Por exemplo, se o regulamento de um fundo estabelece que ele não pode ter
mais de 40% de seus ativos em renda variável, mas o gestor investe 90% em
ações, o gestor de risco pode intervir e forçar a venda das ações excedentes
para cumprir as regras. O gestor de risco não está ali para agradar o gestor do
fundo, mas sim para garantir que o regulamento seja respeitado.
É importante notar que o gestor de risco e o gestor do fundo não devem estar
hierarquicamente subordinados um ao outro. Em outras palavras, o gestor de
risco não deve ter o gestor do fundo como seu superior e vice-versa. Isso
garante a independência do gestor de risco para cumprir seu papel de
monitoramento e proteção dos investidores, sem se sentir pressionado pelo
gestor do fundo.

 

Veja Sobre Assessoria de Investimentos:

https://estudosfinanceiros.com/assessoria-de-investimentos-como-funciona/

 

Veja sobre Casas de Research:

Casas de análise (Research)

 

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